Olá, fotógrafos. Tudo bem?
Como prometido no outro post, trouxe para vocês hoje um guia de iluminação natural, para vocês entenderem a importância da luz e o quanto ela interfere no resultado final da sua foto.
Antes de começar, como sempre, gostaria de dizer que mais posts como esses vocês encontram no meu Instagram. Lá vocês também podem ter acesso aos meus retratos e minha direção de luz. SIGAM CLICANDO NA IMAGEM ABAIXO!
A palavra fotografia tem origem grega: FOTO = LUZ / GRAFIA = ESCRITA. Representado, assim, ESCRITA COM LUZ.
Ou seja, fotografia não é apenas comprar uma boa câmera e sair clicando, fotografia é clicar a forma como a luz incide sobre cada ponto que sua lente consegue capturar.
Eu sou fotógrafa de retratos femininos, por exemplo, e como costumo fazer retratos externos e mais fechados, focando mais no rosto da modelo, preciso de uma luz que traga brilho, que traga nitidez e que não tenha sombras desnecessárias.
Não existe um problema de luz que não possa ser resolvido e é exatamente por isso que existem tantos equipamentos e acessórios que podem te ajudar. Tudo vai depender do seu propósito. Porém, se o seu intuito não é usar nada “artificial”, mas sim conseguir ótimas fotos apenas explorando a luz de forma natural, você precisa estudá-la.
E quanto eu digo estudar a luz, não falo apenas da teoria, falo de observação. Nós, fotógrafos, adquirimos um olhar mais apurado sobre as coisas com o passar do tempo, sendo assim, observar a luz e suas cores não é algo tão difícil.
Se você mora no Nordeste, por exemplo, você tem dias mais quentes, ou seja, o sol bate nessa região de uma forma diferente, talvez a cor dele seja mais amarelada, talvez o horário que ele se põe seja diferente daqui. Moro no Rio grande do Sul, que é um lugar que faz um frio danado e, por causa disso, as colorações e intensidades do sol mudam muito de estação para estação. Então, observar como a luz se porta na sua cidade é de extrema importância para você poder definir o melhor horário e tirar o melhor proveito da luz.
O sol, quando muito forte, reflete na arquitetura, nas árvores e em tudo que estiver ao redor do ambiente no qual você está fotografando. Então, você define qual o melhor horário para fotografar, de acordo com o seu ESTILO, com o horário que o sol NASCE E SE PÕE na sua cidade e com as CORES que você gosta.
Os elementos que estão naquele espaço funcionam como um rebatedor na sua foto, o sol bate neles e reflete na sua fotografia. É interessante prestar atenção, pois nem sempre é legal ter que corrigir uma tonalidade indesejada no rosto da sua modelo.
Dito tudo isso, separei para vocês 4 tópicos, nos quais falarei sobre cada tipo de luz especificamente. Assim poderão entender como cada uma funciona e em quais momentos dessa determinada luz você pode usar acessórios, se for do seu interesse.
LUZ DIFUSA:
Já recebi mensagens no direct do insta perguntando o que era luz difusa, e ela nada mais é que uma luz mais suave, aquela que não vai acentuar as imperfeições da pele da modelo, que não vai te trazer sombras marcadas e indesejadas. Posso dizer que, no meu ponto de vista, seria a luz perfeita, mas existem diversos fotógrafos que não gostam tanto e isso é muito particular.
A luz difusa você consegue naqueles dias em que o céu está cheio de nuvens, ou seja, nublado. Os raios solares estão lá, porém as nuvens estão servindo de difusor para que eles fiquem suaves.
Outra forma de obter uma luz difusa é fotografar em lugares internos bem iluminados. Como assim? Eu amo fotografar em cafés, e aqui na minha cidade tem um café maravilhoso que tem muita entrada de luz natural, porém essa entrada de luz é mais suave, mesmo que seja bem iluminado. As paredes e a estrutura do lugar tornam a luz difusa.
Digamos que você saiu para fotografar de manhã, entre 6:30 e 7h, com uma luz super difusa, do jeito que você queria, mas, no decorrer do ensaio, começou a abrir o tempo e o sol apareceu com raios mais marcantes. Nesse tipo de situação, eu indico o uso do difusor. Você vai colocar ele na frente daquele sol que bate na sua modelo e vai evitar que essa luz entre de forma tão dura, podendo, assim, continuar seu ensaio tranquilamente.
Caso não tenha ou não queira usar difusor, você pode procurar por uma sombra, ou corrigir isso na pós-produção.
Por isso a importância de você usar o modo manual da sua câmera. Ele te ajuda a resolver a fotometria nessas situações, além de facilitar sua pós-produção.
Nesse post (AQUI), falo sobre a importância de usar o modo manual de sua câmera.
BLUE HOUR (HORA AZUL):
Essa luz é muito pouco comentada, mas posso dizer que sou apaixonada por ela.
Sabe aquele horário antes do sol nascer, que está fresquinho, o céu está com um azul diferente, ou até mesmo rosado? Então, essa é a BLUE HOUR. É uma iluminação mais suave, ou seja, é uma luz difusa, porém, devido à ausência de raios solares, a coloração dela é mais azulada.
O problema dessa luz é que o tempo de duração dela é curtíssimo, então é preciso observar muito antes de preparar o ensaio. (foto não autoral)

GOLDEN HOUR (HORA DE OURO)
Luz do pôr do sol, sombras suaves, luz difusa e amarelada, aquela das famosas fotos contraluz e silhueta. Essa é a hora preferida dos fotógrafos, especialmente daqueles que marcam seus ensaios pensando em, no fim da tarde, finalizar com chave de ouro, junto com um belo pôr do sol. Algumas pessoas reclamam que não conseguem focar nesse horário, em função da falta de luz na modelo.
Para evitar esse problema, eu tenho duas dicas para vocês.
A primeira para quem gosta de usar acessórios: use um rebatedor na sua modelo, assim, a luz do sol que está atrás dela vai bater no rebatedor e rebater nela. Dessa forma, sua câmera reconhece o objeto principal e você consegue focar, pois sua modelo estará iluminada o suficiente.
A segunda dica é para quem não tem rebatedor e/ou não deseja usar: para conseguir clicar com foco, você precisa tapar o sol. Para isso, coloque a sua mão em frente a lente - você faz tipo uma “conchinha” com a mão - protegendo sua lente dessa entrada de luz. Assim que a câmera reconhecer sua modelo, você foca e tira a mão rapidamente, no mesmo instante do click.
LEMBRANDO QUE NÃO É PARA VOCÊ TAPAR A LENTE, MAS SIM TAPAR O SOL. COLOQUE A MÃO EM FRENTE AO SOL QUE ESTÁ BATENDO NELA.

LUZ DURA:
Essa é a inimiga de muita gente e não é porque ela é uma luz ruim. O grande problema está em não saber fotografar com esse tipo de iluminação, não saber usá-la a seu favor e muito menos usar os modos da câmera corretamente.
Para esse assunto existe um post separado (AQUI), no qual eu ensino como você pode fotometrar sua câmera nessas situações e garantir fotos lindas.

DICA EXTRA:
APRENDA A TRABALHAR COM SOMBRAS:
Na grande maioria das vezes fugimos das sombras e tornamos elas nossas inimigas, no entanto podemos ter resultados incríveis se soubermos como usá-la.
Principalmente as sombras suaves, elas têm o poder de trazer aquele ar dramático para o retrato, além de proporcionar mais contorno ao corpo e ressaltar as expressões do rosto.
Estude sobre sombras na fotografia.

Bom, esse foi o post dessa sexta-feira de conteúdo por aqui, espero que vocês tenham gostado e que tenha sido útil.
Me contem aqui nos comentários como esse post te ajudou.
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Beijoos <3
(mesmo vendedor do meu)
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